segunda-feira, 14 de março de 2011

VIVA A POESIA! HOJE COMEMORAMOS O SEU DIA! PARABENS POETAS!

Mario Quintana nos manda seu brilho neste " dia da Poesia" GRANDE MARIO QUINTANA

OS POEMAS
               Mario Quintana -
                    Esconderijos do Tempo                  

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...



Informativo Academia Itajubense de Letras- Terceiro Domingo- Fevereiro - 2011

Para você, no Dia Nacional da Poesia, muitos poemas e textos,  no informativo, que chega atrasado, mas com muita alegria e força de ter você como leitor ou leitora.
Atrasado em termos, porque ainda estamos no mês de março. Agora é curtir bem o conteúdo. Vamos lá! Aproveite!


14 de Março - Dia Nacional da Poesia

       PARABENS AOS POETAS !

   Hoje é o dia Nacional da Poesia

 Você sabia que o Dia Nacional da Poesia foi criado em homenagem ao poeta brasileiro Castro Alves que aniversariava no dia 14 de março.
Castro Alves é conhecido como o " poeta dos escravos", porque sempre lutou pela extinção da escravidão no Brasil.
Uma das obras mais conhecidas de Castro Alves é a  poesia "Navio Negreiro" , que é um  protesto contra a situação em que viviam os negros. Ele também foi  um grande defensor da República e do voto secreto e direto.
Aqui, uma pequena amostra do longo poema de Castro Alves, que você deve reler, tal a beleza que ele contém.
Navio Negreiro

             Castro Alves
                    I
'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.

'Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro...


'Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...


'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...


Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.


Bem feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
E no mar e no céu — a imensidade!


Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!


Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!


Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
..........................................................

   " POESIA É VOAR FORA DA ASA"
                                      Manoel de Barros.
O que é a poesia? ,
Acredito, que não haja uma definição objetiva de "poesia". Quem sabe, poderá ser definida como  a expressão das emoções e sentimentos  de um  poeta. A sensibilidade e a observação do poeta encontram temas em tudo que o rodeia  e ele transforma, na mágica da palavra e na sonoridade,  a estrutura do poema, na voz do sentimento. Seu coração vem á  larga e transborda poesia.
Quando gostamos de uma poesia, não é só pelo tema que nos prendeu, mas pelo ritmo que a torna agradável e cantante. Não importa o estilo. Seja ele clássico ou moderno, o objetivo da poesia é tornar palpável o que é abstrato, como os sentimentos e as emoções. 
O poeta não tem um modelo único de poesia. Cada um tem seu modo de escrever e seu estilo. Muitos são líricos, outros abstratos, outros satíricos, outros ferinos, outros etéreos e assim vai... E tem gosto e leitores para as diversas formas de poesia.
Uns fazem chorar, outros fazem rir, outros se lembram de alguma coisa, que ficou na lembrança, outros se identificam com os sentimentos expostos nos versos, outros acham que a poesia foi feita para ele, tal a identidade de emoções, outros detestam outros adoram. Cada qual é único e único é o seu sentimento , o seu amor ou a sua dor.

Poesia é arte! É dom! Alguns tem e outros não. O engraçado é  que todos podem vivê-la, admirá-la, recitá-la, guardá-la na memória e no coração por causa da sua simplicidade.  Ela fala o que vem da alma em cadência musical.
É assim, que sinto a poesia. E você? Concorda ou tem algo a dividir comigo?

                                                                                                          Lina Maria Lisbôa da Silva- AIL

terça-feira, 8 de março de 2011

UM CARNAVAL DIFERENTE ~ Uma crônica para a terça feira de carnaval ~

                    UM CARNAVAL DIFERENTE

                                          Carlos Alberto da Silva- AIL

Da janela do quarto andar de um apartamento, eu vi um carnaval diferente.
Iniciava-se muito mais cedo do que os desfiles e bailes ricamente ornamentados e longamente mostrados pelas emissoras de TV.
Diariamente, às 7 horas da manhã, chegavam todos com suas roupas usuais e as trocavam, em um barraco de madeira, pela fantasia diária.
Havia, como em toda escola de samba, as mais diversas alas.
A que mais me impressionava era a bateria. Os mais variados instrumentos se distinguiam. A cuíca, com seu conhecido ronco, era sonoramente representada por uma imensa misturadora de concreto manual mantida, constantemente, em rotação por animados ritmistas.
Outros movimentavam os chocalhos, pochetes de pregos presos à cintura, enquanto as marteladas imitavam os sons dos bumbos, na marcação do samba, à medida que executavam as fôrmas de madeira.
Já o mestre-sala e a porta-estandarte, com suas roupas mais elaboradas, iam e vinham, em toda extensão da pista, com os projetos nas mãos discutindo e esclarecendo cada ponto da obra, que se definia.
O sol escaldante, ao contrário dos desfiles formais realizados na amenidade da noite, não arrefecia o entusiasmo daqueles foliões. Não dispensavam, é claro, as constantes buscas às moringas de água sorvida aos enormes goles.
Estavam longe de imitar os seus irmãos, nos camarotes VIP′s montados nas avenidas, que se deliciavam com bebidas nacionais e estrangeiras em ambientes climatizados.
Mantiveram-se assim durante todos os dias de folia e continuaram, por toda a semana, na execução da obra.
Afinal, para estes brasileiros forjados na labuta diária, o carnaval não possui datas estabelecidas. Ele dura o ano inteiro ao som das necessidades da vida e com os passos e movimentos oriundos do aprendizado de longas e árduas jornadas de trabalho.







segunda-feira, 7 de março de 2011

É CARNAVAL! Você tem uma máscara?

Você sabia, que máscara não é um adereço só do Carnaval ?

      -Lina Lisbôa da Silva - AIL

Domingo de carnaval! Com chuva ou sem ela, os que gostam da folia se empenham nas fantasias e alegorias.
As máscaras surgem em profusão. Negras, multicolores, brilhantes... Rústicas,artesanais, estilizadas e importadas.
Confeccionadas por artistas ou crianças, por artesãos ou qualquer pessoa que se habilite, elas assustam, enfeitam e encobrem os rostos nas ruas, nos clubes, nas praias, e nos bares. Aparecem na cartolina, no veludo, no silicone, no tecido ou em qualquer material que o estilista inventa e cria.
Cravejada de pedras coloridas, lantejoulas, plumas,penas ou apenas colorida a guache, a máscara trás um sopro de magia na realidade que ela esconde e na fantasia que inventa.
E você sabia, que máscara não é um adereço só do Carnaval ?

Por incrível que pareça, as máscaras tem origem religiosa e as civilizações primitivas as usaram como forma de comunicação, em rituais religiosos, na guerra ou na justiça.
O termo máscara vem do árabe e apesar de significar zombaria ela se torna uma forma de comunicação. Surgiram muitos anos antes de Cristo e eram usadas em cultos e rituais. Em lugares, como o Egito, a Grécia e Itália, ela surgiu com o propósito de reviver tradições de origem cultural e recreativa.
No Egito, as máscaras eram usadas na face dos mortos para conduzi-los na passagem para a vida eterna. Já na Grécia elas eram usadas nas cerimônias religiosas e abundante-mente nos teatros.
Na China, o objetivo das máscaras era afastar os maus espíritos. Na Itália elas eram usadas na Corte, pelos “ bobos” e tornaram-se Arlequim, Pierrot e Colombina, personagens do Carnaval de Veneza, atravessando os tempos.
Assim, a máscara foi utilizada através da história, por vários povos e com diversas finalidades, traduzindo expressões de alegria e de tristeza, mediante as ocasiões e os destinos.
                                                         
“Sob a máscara tudo se oculta - o Bem e o Mal (...). Realmente todos usamos máscaras (…). Sem máscara, não conseguiríamos segurar as lágrimas nem o riso.”


       ( Ramón Margalef, professor e ecólogo catalão)


















































domingo, 6 de março de 2011

Mais um pouco da reunião do mês de fevereiro.

Reunião do mês de fevereiro da AIL, sala AARO.Mesa de trabalhos presidida pela Presidente Terezinha Nascimento Rennó e secretariada pela acadêmica da AIL, Yvelise Crepaldi. Na tribuna Paulo R.Tavares lê seu ensaio sobre a PAZ.



 O Acadêmico, Paulo Roberto Tavares,da Academia Itajubense de Letras- AIL, sempre dinâmico e colaborador, nos presenteia com seus textos muito criativos e elucidadivos, também, já que ele nos coloca de frente com a cultura, através das suas pesquisas, sobre o tema escolhido. E, como ele mesmo diz, não é poeta,então conta com colaboradores, que são sempre surpreendidos, com a colocação que ele faz dos poemas no texto elaborado. Isto mostra o respeito pelos companheiros e a integração muito feliz dos convidados e dos trabalhos realizados.

Sônia Maria de Faria lendo o seu poema sobre a paz dentro do contexto
 elaborado pelo Paulo Roberto Tavares 












Tarcísio Paes ( poeta amigo) e Paulo Roberto Tavares.


 











A acadêmica da AIL, Yvelise de Araujo Queirós e Crepaldi  fazendo a leitura da lenda sobre a Paz.

Nesta última reunião, a do mês de fevereiro, Paulo Roberto Tavares nos presenteou com um belo texto sobre a Paz e que você verá a seguir e não tenha preguiça de ler, porque é muito bom. O texto foi também publicado no Boletim Mensal do Rotary, do qual ele é membro.
                                     

                                    PAZ

                                                              
             A BUSCA FRENÉTICA
         DA HUMANIDADE



Poemas de:
Sonia Maria de Faria
Tarcísio Paes
Participação:
Yevelise de Araújo Queiroz e Crepaldi



 
Paulo Roberto Tavares Pereira
Academia Itajubense de LetrasFevereiro/2011




Paz – A busca frenética da Humanidade


É justamente na última semana do ano que as pessoas se preocupam em comemorar a paz, seja pelo espírito natalino, seja pelo simples fato de motivação pela campanha comercial para vendas de seus produtos. É época de festa e o comércio em geral busca aumentar suas vendas. Ninguém não se preocupa nem um pouco se durante todo o ano tenha vivido a paz para que no seu final seja, então, comemorada com prazer, alegria, confraternização, amizade e fraternidade, eis o seu verdadeiro sentido.
Mas por mera definição, que por sinal pode ser encontrada em qualquer dicionário, a paz é um estado de calma e tranquilidade, onde com certeza estão ausentes as perturbações e agitações.
A palavra deriva do latim – Pax que significa Absentia Belli, que se revela na sua essência à ausência de violência ou guerra, quando se busca a paz entre as nações como sendo o seu objetivo primordial.
Mas no plano pessoal a palavra tem um sentido um pouco diferenciado porque designa um estado de espírito e as pessoas estão desprovidas de ira, desconfiança e de um modo geral de todos aqueles sentimentos negativos e nefastos. Isso é tão acentuado no dia-a-dia que muitas vezes é comum cumprimentar as pessoas com a frequente saudação: “que a paz esteja contigo”, como sendo um voto do mais alto e inestimável desejo fraterno.
Não se pode negar que no atual mundo em que vivemos, o tumulto está ao nosso redor, onde existe violência, imperando o egoísmo, a ganância, não se importando em hipótese alguma com o bem estar do próximo, mas também é inquestionável que as pessoas buscam, freneticamente, vencer esse tumulto e encontrar uma maneira satisfatória para que se obtenha a tão deseja e almejada paz.
As pessoas ainda não se deram conta de que a paz somente traz a felicidade e isto em decorrência de alguns fatores básicos nos comportamentos dos próprios indivíduos, porque compreensão e fraternidade geram felicidade que por sua vez se instala dentro do Ser Humano para que se possa encontrar a paz interior, uma busca frenética da própria Humanidade, na própria maneira de ser.
Torna-se tão importante essa busca pela paz que muitas vezes nos esquecemos dela ou pelo corre-corre do dia-a-dia, ou pela própria imposição que a vida nos impõe. Esquecemo-nos de que a vida se torna um inferno para o infeliz, porque realmente não consegue ter paz interior, pois a sua infelicidade não lhe permite sentir tal regozijo por desconhecer os prazeres da tranquilidade, muitas vezes criadas por suas próprias mãos.
Mas se fizermos uma análise pelos desajustes às leis de equilíbrio que nos governam, poderemos reconhecer que os desacertos do mundo, muitas vezes, são justificáveis.
E aqueles que nos fazem companhia no cotidiano, por vezes são portadores dos pequenos desajustes que apresentam como soma das grandes crises que afetam a comunidade nos dias de hoje, principalmente por não olhar a Humanidade com olhos voltados para a paz, onde os interesses particulares sobrepujam os interesses da coletividade.
Se olharmos para o passado em busca de respostas, poderemos encontrar que a Humanidade tem sofrido em demasia com as intranquilidades geradas pelos conflitos sociais e políticos, onde por vezes se esquecem que o mais importante é estar em paz consigo mesmo e para que isso possa ocorrer há uma necessidade de que as pessoas sempre olhem o seu próximo como a si mesmo.
Não é porque numa simples noite de tempestade, onde o céu se torna ainda mais escuro, as nuvens cinzas e carregadas anunciando que em breve teremos um temporal e ao olharmos para o céu não vemos mais as estrelas cintilarem, achamos que elas se apagaram, mas em meio a tantas tormentas ainda sabemos que elas estão lá brilhando, a Lua continua em seu lugar sem que contudo possamos contemplar o seu belo luar. Assim acontece com a paz, não importa o que existe em nosso redor, mas poderemos sempre encontrar e buscar essa almejada tranquilidade, uma dádiva divina.
A paz é um sentimento universal. Mas com certeza cada pessoa a descreve a sua maneira, veja, por exemplo, a nossa confreira e poetisa Sonia Maria de Faria que nos diz que devemos deixar a paz envolver nossos corações para que lá fique instalada e que no céu tenhamos apenas estrelas e não rajadas de balas como raios que clareiam e perturbam os nossos semelhantes, curtir a vida com harmonia e vê-la passar na simples alegria de viver.

P A Z

Paz é o azul da manhã no céu...
O sol a acordar a vida...
O brilho renovado do olhar...
Paz é o azul da noite no céu...
Sem o traçado das balas...
Sossegada madrugada de luar...

Paz é o espaço das horas, do dia, da rua...
Misturando suor e sorriso...
Roupa marcada de terra...
O descompasso da correria
Com gosto de jogo de bola.
– Uma festa... Que alegria!

Paz é a liberdade de caminhar
Pelas ruas e vielas...
Ver abertas as janelas...
Exibindo nas mãos
A mochila colorida da escola
Cheia de planos... De ilusão...

Paz é saber, mesmo sem ter visto,
Que o pai foi trabalhar
E viver a certeza
De que ele já-já vai chegar,
Vivendo cada um o seu momento.
E a graça da família reunida
Partilhando o teto, a alegria, a comida...
Paz é ser respeitado...
Ser quase o dono da praça...
Jogar baralho, dama, xadrez...
Ou jogar conversa fora...
Divertir-se enquanto a vida passa...
Até que sol vá embora,
Sentindo valer o branco dos seus cabelos.


Utopia? Não!
Há que existir o sonho – o pulsar da vida –
Torná-lo real é o desafio...
É preciso despertar a consciência
Semear a esperança...
Vencendo o calor ou o frio,
Abrindo com firmeza e paciência
A certeza de novos caminhos.
Paz implica envolver o coração...
Deixá-lo falar de bondade
– Sem constrangimento, sem vaidade –
Acordá-lo para a ação...
Mostrá-lo no sorriso da igualdade...
Fará melhor o seu dia,
A vida de alguém da sua rua – de alguém mais além...
Aquele que faz
Sua parcela em favor da Paz

Já para o poeta Tarcísio Paes já a vê com tranquilidade, chega a sonhar em ser a paz por apenas um dia, onde se instalaria nos corações das pessoas para curar as mazelas, as dores e os ferimentos impostos pela própria existência e com certeza aumentariam a amizade, iluminando a escuridão para a sabedoria avançar e ser um semeador do amor e tornando-se um mensageiro da paz.

MENSAGEIRO DA PAZ

Ah! Se ao menos por um dia eu fosse a paz,
Abriria os corações de muitos casais,
Curaria os ferimentos principais,
Mataria esta saudade de meus pais.


Quem me dera, neste dia, ser capaz
De aumentar as amizades muito mais,
De repartir a ambição entre iguais
E de colocar todo sorriso em cartaz.


Se pudesse, neste dia iria atrás
De toda luz que fraqueja nos mananciais
Mostrando que escuridão leva prá trás
Mas com sabedoria se avança mais.


Quando a noite vier buscar a paz,
Pudera ainda, neste jardim de lilás,
Plantar as sementes do amor, como jamais!

Mas no corre-corre do dia-a-dia, ainda nessa busca frenética pela paz também a encontramos em alguns textos, fábulas e até mesmo pequenos contos que nos enviam e tudo se torna tão rápido pela facilidade da mídia, da internet... Enfim é a globalização que impera na Humanidade.
E um deles me chamou muito a atenção, uma fábula de autor desconhecido que diz:

  “Era uma vez... Um rei que ofereceu um prêmio ao artista que pintasse o melhor quadro que representasse a paz. Muitos artistas tentaram. O rei olhou todos os quadros, mas apenas gostou mesmo de dois, e teve de escolher entre ambos. Um quadro retratava um lago sereno. O lago era um espelho perfeito das altas e pacíficas montanhas a sua volta, encimado por um céu azul com nuvens brancas como algodão. Todos os que viram este quadro acharam que ele era um perfeito retrato da paz. O Mas quando o rei olhou, ele viu ao lado da cachoeira um pequeno arbusto outro quadro também tinha montanhas. Mas eram escarpadas e calvas. Acima havia um céu ameaçador do qual caía chuva, e no qual brincavam relâmpagos. Da encosta da montanha caía uma cachoeira espumante. Não parecia nada pacífica. crescendo numa fenda da rocha.  No arbusto uma mãe pássaro havia feito seu ninho. Lá, no meio da turbulência da água feroz, se instalara a mãe pássaro em seu ninho em perfeita paz. Qual pintura você acha que ganhou o prêmio? O rei escolheu a segunda. Sabe por quê?
"Porque," explicou  o rei: "paz não significa estar num lugar onde não há barulho, problemas ou trabalho duro. Paz significa estar no meio disso tudo e ainda estar calmo no seu coração. Este é o significado real da paz”.


Quando estamos tranquilos é porque temos paz interna. Em nosso recolhimento noturno conseguimos conciliar o tão almejado sono e chegamos até mesmo ouvir vozes cristalinas de crianças a dormir, não importa a nostalgia, a dúvida, o medo quando o amanhã vier porque sempre estaremos prontos para enfrentar todo e qualquer tumulto.


E segundo Chico Xavier “A Paz em nós não resulta de circunstâncias externas e sim da nossa tranquilidade de consciência no dever cumprido”.

Assim agradeço a atenção de todos, em especial dos poetas Sonia Maria de Faria e Tarcísio Paes que se prontificaram em me enviar as suas poesias para abrilhantar o texto e assim deixá-lo mais agradável e menos maçante e a nossa confreira e contista Yvelise de Araújo Queiroz e Crepaldi que se dispôs em abrilhantar esse pequeno trabalho emprestando sua voz e seu talento em ler a fábula sobre o rei que queria um quadro que retratasse a paz em toda a sua essência. Felicidades com muita harmonia, tranquilidade, confraternização e com certeza a paz se instalará em todo o seu Ser e todos aqueles que estiverem ao seu redor ficarão contaminados por ela.

Muito Obrigado.
Paulo Tavares
20/fevereiro/2010


























































sexta-feira, 4 de março de 2011

-UM LEMBRETE- UMA AGENDINHA DE DATAS-

DENTRE AS DATAS COMEMORATIVAS DO MÊS DE MARÇO DESTACAMOS:



08 Dia Internacional da Mulher.
08 Dia do Telefone.
12 Dia do Bibliotecário.
14 Dia do Vendedor de Livros.
14 Dia da Poesia.
14 Dia dos Animais.
15 Dia da Escola.
19 Dia de São José.
19 Dia do Carpinteiro.
19 Dia da cidade de Itajubá.
20 Início do Outono.
20 Dia do Contador de Histórias.
21 Dia da Floresta.
21 Dia Universal do Teatro.
21 Dia Internacional Contra a Discriminação Racial.
22 Dia Mundial da Água.
23 Dia Mundial da Meteorologia.
25 Dia da Constituição.
27 Dia do Circo.
28 Dia do Revisor.
28 Dia do Diagramador.
30 Dia Mundial da Juventude.
31 Dia da Integração Social.
31 Dia da Saúde e Nutrição.
31 Dia do Aniversário do Golpe Militar de 1964.

E dia 20, é também o dia da Reunião da Academia Itajubense de Letras. 15 hs no Auditório do AARO.

MARÇO - TUDO ROSA EM SUA HOMENAGEM - MULHER.



Para você, mulher! Parabens!
 Março amanheceu numa terça feira. A impressão é de que o mês, já começou no meio da semana. Para variar o tempo passando rápido, muito rápido como um corisco cortando o céu na noite.Vamos tentar segurá-lo um pouquinho para podermos comemorar as datas importantes que vem por aí.
O Dia Internacional da Mulher. Se pensarmos um pouco e voltarmos no tempo, mas bem devagar, desta vez vamos deixar o corisco de lado e pensarmos no cavalo e na Maria Fumaça, assim a gente caminha mais lentamente.
E quanta coisa mudou para a mulher. Tanta batalha! Tanta vitória! Tanto progresso! Quanto valor encontrado!
De simples dona do lar, sem direito a voto e sem voz ativa passou a ser empresária, com dupla jornada, pois ainda é a dona do lar, e ganhou espaço em todos os setores da sociedade tão machista. Foi necessário muita luta! As precursoras sofreram e não se intimidaram. E elas foram caminhando e abrindo frestas. Mudaram o vestiário adequando-os às suas novas necessidades. Queimaram soutiens em protesto, saíram às ruas de terço nas mãos, promoveram comícios, fizeram panelaços e pesquisem vocês para saberem mais um pouco o que nossas ancestrais fizeram para mudar o mundo. E não é preciso ir muito longe. Garanto que muitos de nós, tivemos uma avó ou uma tia,ou mesmo uma mãe, que não gostava muito dos padrões impostos às mulheres de ontem e se rebelaram de alguma maneira.
Aos poucos, essas heroínas, se desprenderam da submissão, que a sociedade patriarcal lhes impunha e foram tomando consciência do que eram capazes e partiram atuando na cultura, educação, política e em vários setores da sociedade.
 Mostraram que muitas mulheres não são um zero à esquerda, como tantos acreditavam. Mostraram, que estas senhoras eram muito mais capazes do que, simplesmente, tomarem conta só dos afazeres domésticos. A imprensa feminina abriu questionamentos e tomada de posições, e o surgimento de vários movimentos, como a luta pelos direitos das mulheres ampliou a atuação da cidadania feminina.
Parabens, meninas! A luta não para por aqui! Ainda tem chão pela frente...
E, acreditem,que apesar de tão evoluidas e lutadoras, ainda haverá espaços para a cor rosa, as flores, o perfume, a delicadesa, a poesia e a eterna feminilidade...
Grande abraço!
                                                                   Lina Lisbôa