quarta-feira, 20 de abril de 2011

Temas polêmicos para reflexão! Um trabalho do Acadêmico Paulo Roberto Tavares e Acadêmicos convidados da AIL.

Mais uma surpresa elaborada com pesquisa, troca de informações,  atenção e enorme entrosamento do acadêmico Paulo Roberto Tavares e acadêmicos convidados para o desenvolvimento  do ensaio abaixo. Uma série de  trabalhos que nos levam a refletir sobre temas muitas vezes esquecidos e que fazem parte da nossa vida. Isto aconteceu com o texto sobre a PAZ, TÉDIO e o REMORSO.  O que fazer agora com a curiosidade ? Qual será o próximo tema abordado? Só esperando o próximo mês!...

                                  
     A   DOR  INVISÍVEL  DA  ALMA

Participação Especial - Soneto
Maria Lourdes Maia Gonçalves
                      Yvelise de Queiroz Araújo e Crepaldi
                      Paulo Roberto Tavares Pereira
                      Acadêmicos da AIL - Março/2011

                    Remorso – A dor invisível da Alma
O remorso é um sentimento sobre os acontecimentos e até mesmo sobre determinadas atitudes que tomamos no passado. É uma sensação que nos deixa pensativos e reflexivos porque nos lembramos que dissemos o que não era para ser dito ou algo que fizemos e que não era para ser feito.
É sempre bom e proveitoso que tenhamos conhecimento de onde vem a palavra remorso. Ela tem origem latina, vem de “remorsus”, particípio passado de “remordere”, que significa nada mais e nada menos do que “tornar a morder”. Assim podemos facilmente ligar e entender que significa dilacerar, atacar, satirizar, ferir, torturar, atormentar. A própria etimologia dessa palavra já nos dá uma ideia de como esse sentimento que vem acompanhado de angustia e vergonha é doloroso e aflige os Seres Humanos, porque vem da consciência de termos agido mal, o que nos faz sentir em seguida o arrependimento, gerando uma culpa que chega às raias da lamentação do erro causado num determinado passado.
Meu primeiro contato com essa palavra que exprime um sentimento algoz foi quando ingressei no primeiro ano do curso ginasial. Isso lá nos idos de 1956 quando os Padres Missionários do Sagrado Coração assumiram a direção do Colégio de Itajubá.
Tínhamos aulas de religião todos os dias da semana. Mas havia um padre responsável pela disciplina dos alunos, Padre João Baptista van Royen, holandês, sisudo, carrancudo, porém muito preocupado com a formação dos jovens, como tão usual naquela época, onde a escola era formadora de cidadãos e impregnava nos jovens a importância da cidadania.
Padre João, em suas aulas de religião, sempre falava do remorso, com o seu sotaque forte e característico de bom holandês que era. Dizia-nos que era o pior sentimento que se poderia ter. Mas eu, em tenra idade e na pré-adolescência, não conseguia captar a mensagem do sacerdote, porém ficou fixado em minha mente esse sentimento e talvez tenha sido ele, e com certeza o foi, quem colaborou e muito na formação dos jovens alunos que um dia se tornariam Homens.
E assim, com o decorrer do tempo, pude entender que o remorso pode se instalar no Ser Humano, na sua alma e chegar até mesmo a se tornar uma doença, um grande desgaste emocional que nos deixa com dores de cabeça, mau funcionamento dos órgãos vitais. É como se fosse um massacre no corpo causado pelo sofrimento da alma.
Se analisarmos bem, remorso e saudade são dois sentimentos que se tocam e se diferenciam entre si. Ambos estão voltados para acontecimentos do passado. O remorso leva a pessoa a se fixar em um passado sombrio. A saudade, a um passado venturoso. No remorso, gostaríamos de poder retroceder no tempo e recomeçar de forma totalmente diversa. Na saudade, de reviver tudo novamente. Um nos faz sofrer. O outro nos faz sonhar. Mas ambos nos aprisionam, fazendo com que nos afastemos do presente, único momento real de nossas vidas.
Ter remorso é viver prisioneiro em si mesmo. É autopunição. É não aceitar as limitações que temos como Seres Humanos, ou seja, não aceitar que somos imperfeitos e passíveis de erros e enganos.
Mas será que poderemos reverter tal situação? Sim, está em nossas mãos buscarmos a cura desse mal e aniquilar a dor que sentimos. Ou seja, livrarmos desse remorso que corroi a nossa alma, invade todo o nosso ser como uma erva daninha que nos deixa com a incapacidade de pensar e refletir. Porém no remorso também há o seu lado positivo. Ele funciona muitas vezes como um sinalizador para que passemos a nos preocupar com a nossa maneira de agir numa determinada situação, desde que acolhamos o aprendizado que ele nos trás. Assim, com certeza, iremos fazer melhores escolhas, sabendo como lidar com o imprevisto e demonstrando uma maturidade para enfrentar situações similares no futuro.
O remorso age em nosso corpo ativamente. Ele se instala com o firme propósito de gerar um drama de consciência, e aí sim, nos deixa com a sensação de fracasso e desapontamento, fazendo-nos sentir impotente. Esse sentimento gera um sofrimento que afetará nossas vidas de forma negativa, deixando-nos sem paz interior, impedindo-nos de viver o presente, porque estamos sempre presos àquele passado, sendo impossível retroceder no tempo para consertar aquela situação que nos deixou com remorso. O nosso presente se torna um fardo de pesar. É o drama de consciência que passa a nos guiar. Chegou, então, o momento de ultrapassarmos os limites do remorso e procurarmos os recursos internos de todo o nosso ser para iniciarmos uma nova fase de aprendizado e somente por seu intermédio é que conseguiremos vencer esse mal que aflige a nossa alma.
Todos nós já enfrentamos em maior ou menor grau algum remorso na vida. Seria tão bom se tivéssemos o dom de prever as consequências de nossos atos ou omissões e, melhor ainda, se a vida fosse só um ensaio e pudéssemos vivê-la de novo corrigindo tudo que deu errado antes. Nesse caso, o remorso e todo o sofrimento que ele acarreta não existiriam. Mas se as coisas não podem ser assim, devemos ser mais indulgentes conosco e nos perdoar por sermos humanos e imperfeitos. Só dessa maneira conseguiremos aceitar que iremos falhar várias vezes e que a vida deverá prosseguir sempre. Do passado só devem restar as boas lembranças e o aprendizado. Não a dor, pois de nada adiantará cultivá-la através do remorso, pois ela nos impedirá de continuar a nossa caminhada neste mundo.
Quando praticamos um ato que não deveria ser feito ou quando dizemos o que não deveria ser falado, naquele momento acreditamos que tal atitude é certa e correta, porque expressamos o que realmente sentimos. Não conseguimos ainda ter remorso, porque tal sentimento somente acontecerá quando passamos a perceber que agimos com imprudência e inconsequência. A partir daí a lembrança daquele momento se torna um tormento para a nossa alma, porque atropelamos os limites da razão e ficamos desgovernados onde o zelo e a sensibilidade estão ausentes e estamos desprovidos da virtude por não ter agido com prudência e parcimônia. E assim a poetisa e confreira Lourdes Maia em sua poesia “Percepções” nos mostra que devemos agir como boas criaturas porque é melhor sentir amor do que agruras.

PERCEPÇÕES
                  Maria de Lourdes Maia Gonçalves

Quem atropela os limites da razão,
E sem controle, fica desgovernado,
Comete o erro crucial de dar vazão
Ao que jamais deveria ser falado.

Expressar com zelo a sensibilidade,
É tarefa humana das mais virtuosas.
É saber a hora de cada verdade,
Ter o corpo são, a alma esplendorosa!

Pois bem, sejamos as boas criaturas
Que possuem valiosos dons da vida!
Melhor sentir o amor do que as agruras...

Paz? É bem possível de ser conseguida!
A essência nascida das venturas
Perfuma aquele que lhe dá guarida.

Tudo na vida são experiências boas e ruins. E são essas experiências que nos tornarão seres humanos melhores. A partir do momento em que entendermos que o remorso em si não nos leva a nada de bom e soubermos encará-lo como um sentimento que não deve ter nenhuma outra função a não ser nos ensinar, possamos enfrentá-lo de forma mais amena, dando a ele o tamanho que ele realmente tem. Mudaremos o nosso foco de pensamento para entender que o que passou, bem ou mal, passou. Nunca terá volta. E a vida continua...

Abraços e muito obrigado.
Yvelise de Queiroz Araújo e Crepaldi
Paulo Roberto Tavares Pereira
Acadêmicos da AIL.
Março/2011





REMORSO

terça-feira, 19 de abril de 2011

O Informativo 3 Domingo referente ao mês de Abril.

Ai está o esperado jornalzinho da AIL como o batizamos com carinho.






Sonetos para brindar uma tarde feliz.


Estes sonetos foram elogiados pela sua fluidez e perfeição. Aí estão eles novamente, já que estavam no informativo do mês passado. Releiam e aplaudam!  Valerá a pena!....

Momentos especiais no clic da fotografia do amigo da AIL, Petrus.

A Presidente da  AIL Terezinha O. Nascimento Rennó ladeada pela Vice Presidente Ambrosina F. Paiva e a Acadêmica Yvelise Q. Crepaldi secretariando a reunião do m~es de março de 2011.

 Na reunião do mês de março, quando se comemorou o Dia da Mulher, a homenageada foi a Vice Presidente D. Ambrosina Freitas Paiva, que pela sua fibra e galhardia, está sempre a dar exemplos de solidariedade, companheirismo, dedicação, carinho e  a nos impulsionar com a sua determinação e  luta em prol da cultura itajubense.  




Momento em que o Acadêmico Fredmarck

G. Leão faz a saudação a homenageada do mês.
D. Ambrosina F. Paiva.



                                                                                                  
A Presidente Terezinha O. Nascimento Rennó num  instante de  homenagem feita pelo Acadêmico Paulo Nogueira a
 D. Ambrosina F. Paiva.

Os acadêmicos Yvelise Crepaldi, Sonia M. de Faria e Paulo Tavares apresentando  o texto feito em trabalho conjunto e muito apreciado pelo conteúdo profundo e filosófico. " O Remorso".
Convidados e acadêmicos
O Academico Carlos A. da Silva juntando as homenagens a D. Ambrosina e em comemoração ao dia da cidade. 

Dia da Mulher - Um dia especial e muitas rosas para elas- Acadêmicas e Convidadas.


D. Ambrosina recebendo abraços e flores, das acadêmicas  Ana Amelia e Sonia Maria .
                                   

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Contribuição dos Acadêmicos Yvelise de Araújo Queiroz e Crepaldi, Paulo Roberto Tavares Pereira ~ Um trabalho conjunto que vale a pena ser conferido ~


Academia Itajubense de Letras
 Tédio – O Vazio do sentir

Os Academicos Yvelise de A. Q. e Crepaldi e Paulo R. T. Pereira
apresentando seu trabalho na reunião da AIL. 



                                                                                                                 
Yvelise de Araújo Queiroz e Crepaldi
Cadeira 35 – Patrono – Paulino Augusto dos Santos
Paulo Roberto Tavares Pereira
Cadeira 21 – Patrono – Cel. Joaquim Francisco Pereira Júnior
                Participação Especial – Poema Sonia Maria de Faria
                                                           Acadêmicos da AIL
                                Abril/2011

                            Tédio – O Vazio do Sentir
Por que cargas d’águas alguém se interessaria em escrever sobre o tédio? Talvez seja porque não teria mais nada a fazer ou simplesmente porque conhece alguém que se encontre com este estado de espírito inerte e queira ajudar? Pode ser.
Tudo acontece de repente. Amanheceu frio e o nevoeiro cobre a cidade e o campo. A chuva cai de leve e o Sol ainda não surgiu e nem mesmo está com vontade de aparecer. Aquele livro predileto que está sempre na cabeceira da cama está fechado.
A música predileta não se quer ouvir. O telefone toca e não se quer atender. Não se quer ouvir nenhuma voz. Apenas resta o silêncio e a introspecção. Silêncio este que por vezes équebrado por um barulho à distância ou simplesmente pelas batidas do próprio coração. É neste momento que o tédio invade todo o ser o imobilizando. Nada mais passa a ter importância.
O tédio é como uma nuvem cinza que envolve o mundo que vivemos e se manifesta de formas diferentes. Cada pessoa, que é única por si só, tem as reações mais diversas quando o tédio se instala no interior do ser. Umas partem para os centros comerciais empunhando um cartão de crédito, buscando desesperadamente um meio de se livrar desse mal, desse estado de inércia e introspecção. Outras se sentam à frente do televisor para buscar algo interessante, mas naquele momento nada lhes interessa. Como encarar um programa de televisão onde os telespectadores são taxados como ignorantes e incultos em face da programação apresentada?
Tal situação só vai agravar ainda mais um estado completamente tedioso. Ainda existem aqueles que fogem para uma mesinha de bar como se beber fosse a solução e se esquecem que atrás da procura dessa cura estão prestes a arrumar mais uma doença.
O tédio é um sentimento de vazio que toma conta do ser. Parece a quem o sente que todos os seus sentimentos e vontades desapareceram de repente. Nada parece capaz de tirá-lo daquela inércia diante do mundo. Tudo parece não fazer sentido. A vida passa de colorida a preto e branco, ficando sem graça, sem motivação. Aliados ao tédio vêm o cansaço, o desânimo, aquela vontade de ficar quieto em um canto, quase invisível.
Antigamente dizia-se que o tédio era um estado de espírito que incomodava somente reis e rainhas. A monarquia sofria desse mal em razão da vida de nobreza e por nada fazerem para conseguir matar o tempo. O ócio os levava ao tédio. Hoje em dia é seguro dizer que esse mal ataca as pessoas em diferentes faixas etárias. Há algum tempo as crianças jamais sofriam desse mal, porque tinham a capacidade de criar brincadeiras recreativas e interagirem com os amiguinhos e companheiros de mesma idade. Muitas delas conseguiam até se distrair sozinhas. As crianças são seres em formação, portanto dotadas de cérebros que mais parecem uma esponja. Tudo é absorvido, porque tudo que lhes é apresentado é novo e logo se torna interessante. Não faltam informações a serem processadas. Os pais, por sua vez, procuram desenvolver atividades para entreter seus filhos, sendo compelidos a inventar maneiras diferentes e diversas para ocuparem as suas horas ociosas. Dá-se inicio a um novo aprendizado onde a família os ocupa com atividades, e, consequentemente, os filhos terão mais facilidades na vida e irão encarar esse novo mundo com galhardia e sabedoria.
O tédio é esse sentimento que subitamente faz com que o mundo pare e um novo dia não mais surja, deixando o pensamento confuso vagueando como os grãos de areia e a face, estranha, sem cor, sem expressão por não ter porque gritar. E, assim, a poetisa e confreira Sonia Maria de Faria exalta o tédio em seu poema com grande sabedoria e inspiração quando, ainda, diz que tudo se emaranha. É um mundo insano, só desengano, nada sente, mas sente tudo.

Tédio
A Academica Sonia Maria de Faria declamando
 um poema em reunião da AIL.
Sonia Maria de Faria

De repente...
O mundo pára.
O dia não acorda
E... A vida em preto e branco.
A tristeza se instala...
O sol se esconde...
Cadê o seu sorriso franco?
Difícil imaginar... Onde?
O pensamento confuso vagueia
Como os grãos de areia
Que a onda leva e traz.
– Inércia do corpo... Nenhuma resistência...
– Inércia da alma... Sem consciência...
Tudo se faz difícil, incapaz.
A face, estranha, sem cor,
Angústia... Sofrimento... Dor...
Existe algo a gritar?
Ou será o vazio a pesar tanto,
A causar, assim, tanto frio?
Tudo se emaranha...
O coração combalido se fecha...
Na verdade... Nada sabe explicar...
Mundo insano... Só desengano...
Nada sente? Sente tudo?
Estranha sensação dele se apossa
Não deixa brecha
Nada entra... Nada sai...
Ao comando de si mesmo
O tempo, com sabedoria
Sem pressa, sem rispidez...
Recoloca cada coisa em seu lugar.
Num espreguiçar gostoso
Faz despertar a harmonia
Ela, chuva criadeira, traz novo o dia
E... A vida renasce mais uma vez...

O tédio pode ser causado pela rotina diária, quando se age como autômato em tarefas corriqueiras, a maioria delas enfadonhas, mas também pode ser causado pelo excesso de satisfação, quando se deixa de almejar algo novo e acha-se que já se viveu tudo o que teria direito. O tédio reflete um sentimento de ausência de ideais, de sonhos, pois quem está sempre planejando coisas boas para si e para os outros não tem tempo para o tédio. Com o advento de novas tecnologias, em especial dos computadores e telefones celulares, a vida se tornou muito mais competitiva e adotou um ritmo frenético no qual a pessoa é chamada constantemente à ação. Exige-se que ela seja rápida em tudo. Precisa-se estar disponível 24 horas e, com isso, muitas vezes não sobra tempo para a contemplação pura e simples, fonte de enriquecimento espiritual.
Mas com esse avanço tecnológico e até mesmo pela Revolução Industrial a produção em massa que era uma raridade entrou nas vidas das pessoas. Os produtos industrializados começaram a ser fabricados em série, com altas técnicas de linha de produção desenvolvidas e aos poucos os Homens foram substituídos pelas máquinas. Restou no mercado de trabalho uma minoria. E essa minoria passou a ser composta de Seres Humanos paralisados em edifícios e em cantos de salas a espera da compreensão e de como manter sua família, mas realmente o que sobrou disso tudo foi o tédio.
Essa constante solicitação a que se está sujeito no mundo atual pode levar ao tédio, dando uma sensação de que nada está se fixando dentro da pessoa. A sensação de que cada um é tão fugaz e descartável quanto tudo o que está ao redor. Está sendo criada uma sociedade vazia de sentimentos e cheia de tédio. Nem mesmo os países denominados de desenvolvidos se safaram desse enfadonho e triste sentimento, que se tornou uma constante na vida das pessoas, não importando mais sua idade, sua classe social. Muitos até buscam fugir dele através da emigração. A expectativa de iniciar uma nova vida em um novo lugar aparece como um possível remédio contra o tédio. E isso afetou em cheio os países socialistas que não conseguiram aniquilar o tédio da sua população.
O tédio não é uma piada e nem mesmo motivo de pouca atenção, porque realmente é um problema sério. Ele se torna o centro, sendo de grande importância, porque se não fosse assim não existiriam tantas empresas com diversos entretenimentos para que as pessoas se livrem desse mal. Esse tédio que num passado não muito remoto somente atacava os monarcas e aristocratas, hoje está presente em todas as classes sociais, sendo, portanto, um mal universal. Estamos todos num grande caldeirão e todos nós poderemos um dia sentir esse sentimento que aflige a nossa alma.
De qualquer maneira, seja como for, realmente não existe solução plausível para resolver essa questão que varia de acordo com cada pessoa que o vivencia.
Deve-se procurar encarar cada situação dentro do seu próprio contexto, seja pelas massas de crianças e jovens, seja pela dos desempregados, aposentados e cidadãos em geral ameaçados pela fome, guerra ou epidemias. Entretanto, resta-nos o consolo de que o tédio tem vida curta. Da mesma forma como veio, vai-se embora diante de um estímulo correto recebido no momento exato e que dará um novo ânimo para encarar a vida e seguir em frente. Entretanto, se um dia tiver que ser enfrentado, que sirva pelo menos como um momento de reflexão para que a vida seja avaliada e se saiba que nem tudo está sendo em vão.



Notícias da reunião mensal da Academia Itajubense de Letras- ABRIL

A reunião do mês de abril da AIL transcorreu em ambiente festivo e com a tranquilidade e harmonia que lhe é peculiar.
O homenageado da Galeria dos Notáveis foi o Maestro Amaury Vieira que compareceu acompanhado  da família e amigos. E ainda os componentes do Coral da UNIFEI, que abrilhantaram a reunião com  suas vozes e talentos. Emocionante e tão perturbador, quanto um beija flor atrevido, que adentrou a reunião fazendo um vôo magistral, encantando os poetas e fazendo do cenário um ambiente de leveza e encantamento. Com estas palavras a presidente da AIL Terezinha O. Nascimento Rennó  retratou  o encontro ocorrido ontem dia 17 de abril .

... "Auditório 55 pessoas; temas abordados com sucesso; visitantes ilustres; homenageado transbordando de emoção"...

Completando: E a casa toda também...

Alguns momentos inesquecíveis:

- Pastor Ephrain, declamou lindíssimo soneto.
- Dr Fernando dedicou linda poesia ao Amaury.
-  Paulo Nogueira  declamou seu poema "Música".
-  Paulo Tavares e Yvelise  nos levaram a reflexão com o ensaio "Tédio", complementado com um poema  da confreira Sonia Maria de Faria, do mesmo nome, que serão postados a seguir.
- Leopoldina, cantou à capela, música e letra de sua autoria.
- O Coral da UNIFEI  em linda apresentação.

- E a presença especial de cada um em particular, que compareceu, contribuindo não só com a participação num evento cultural, mas com a alegria para a partilha.





segunda-feira, 11 de abril de 2011

DIA 18 DE ABRIL É COMEMORADO O DIA NACIONAL DO LIVRO INFANTIL.

SE VOCÊ TEM NETOS, SOBRINHOS, ALUNOS OU CRIANÇAS A SUA VOLTA RELEIA COM ELES UM LIVRO INFANTIL.
                                                                                  
Que tal relembrarmos Monteiro Lobato ?

O Dia do Livro Infantil  é comemorado neste dia, 18 de abril, porque Monteiro Lobato nasceu no dia 18 de abril. Você sabia?

José Bento Monteiro Lobato  nasceu em 1882 na cidade de Taubaté no estado de São Paulo. Ainda criança como gostava muito de escrever e desenhar começou a participar do jornal da escola que frequentava. Formou-se em Direito, apesar de ter pensado em cursar a Escola de Belas Artes, mas foi desencorajado pela família. Continuou a colaborar com as publicações estudantis.
Juntamente com alguns colegas fundou “O Cenáculo”, um jornal de Pindamonhangaba, onde publicava seus artigos.Formado em Direito trabalhou como promotor.Nessa mesma época, Monteiro Lobato trabalhou para o Jornal “O Estado de São Paulo” e para “A Tribuna”, de Santos e fazia caricaturas para a “Revista Fon-Fon” do Rio de Janeiro, aliando assim a sua tendência para as artes e literatura.
Mais tarde escreveu vários artigos criticos sobre o campo, principalmente, falando das queimadas, o que lhe proporcionou uma série de outros artigos na mesma linha tornando-se um crítico respeitado.
Neste período surgiu seu personagem Jeca Tatu.
Inovou o mercado de livros sendo um dos primeiros editores a colorir capas de livros e ilustrá-los, com a intenção de torná-los mais atraentes. Sua editora foi a maior do Brasil, porém não conseguiu ir adiante e entrou em crise por problemas socio-econômicos.
Em 1920, aos 38 anos publicou “ A menina do Narizinho Arrebitado”, se embrenhanso pela literatura infantil brasileira. Mais tarde vieram as fábulas. Lobato contribuiu para o desenvolvimento do Brasil empenhando-se a favor dos recursos naturais e fundou o Sindicato do Ferro e a Cia. de Petróleo Nacional. Como homem de visão queria ajudar na solução dos problemas brasileiros mas nem sempre foi compreendido. Vítima de um derrame cerebral morreu no dia 4 de julho de 1948, sendo sepultado em São Paulo.
 Quem não conviveu com seus personagens? Quantos de nós passaram a infância ao lado de Narizinho, Pedrinho, D. Benta, Tia Nastácia, Visconde de Sabugosa e a adoravel sapeca Emília e muitos outros.
Seus personagens parecem viver o nosso dia a dia,simples e fantásticos.
Vamos reler alguns de seus livros para contarmos aos sobrinhos e aos netos? Tem para escolher e para reler... Não esqueça a criança que está escondida a sete chaves, bem no fundo da alma e faça um agrado a ela. Vai valer a pena!....

- Reinações de Narizinho                                                    
- Viagem ao Céu
- Saci Emília no País da Gramática
- Aritmética da Emília
-Geografia de Dona Benta
- Dom Quixote das Crianças
-Poço do Visconde
- Histórias de Tia Nastácia
- Pica-pau Amarelo
- Reforma da Natureza
- Memórias da Emília
- Minotauro
- Caçadas de Pedrinho
- Aventuras de Hans Staden
- História do Mundo para Crianças
- Memórias da Emília
- Histórias das Invenções
- Fábulas
- Peter Pan
- Serões de Dona Benta
- Os Doze trabalhos de Hércules.
-A Chave do Tamanho
- Histórias Diversas

UM CONVITE !... IRRECUSÁVEL! ... AGUARDAMOS VOCÊ .



                                      CONVITE


A Academia Itajubense de Letras tem a honra de convidar Vª Sª e família para a Reunião Mensal
– 3º Domingo – quando prestará homenagem ao Maestro Amaury Viera Fernandes


Data: 17 de abril de 2011
Horário: 15:00 h.
Local: Auditório Antônio Rodrigues d´Oliveira – AARO
Rua Cel. Rennó, nº 07, Centro – Itajubá - MG




                                     Agradecemos a honrosa presença.


                                                         Presidente
                                      Terezinha Ofélia Nascimento Rennó





ABRIL É MÁGICO ! É OUTONO ! ...

Já é Abril.
                 Lina Maria Lisbôa da Silva - AIL.

Abril chegou com trovoadas e um certo desconforto. O outono sempre vem com esta sensação. Há um quê de desfolhamento. Uma vontade de ficar ... de sentir a natureza...de poetar...e quedar no silêncio do deslumbramento.
O outono balança as estruturas, mas não há dúvidas, ele é mágico e especial!...
A principio pensei em me tornar criança novamente e me espreguiçar nas folhas secas, que andam cobrindo o chão.
Em certos lugares parecem um tapete que chia aos nossos passos. Outro dia, fui a um passeio no zoológico e tive esta impressão.
Ou melhor, chiavam, pois com esse tempo doido, não sei se posso sonhar ou brincar como fiz em outras ocasiões. Pois, mal o sol vem e seca todo o encharcado deixado pelas chuvas, sem muito controle hoje em dia, as pancadas de chuva caem sem pedir licença.
Ora, mas é outono! O dourado pede licença para brilhar; as folhas dançam ao passar da brisa e caem forrando o chão; os frutos estão doces e maduros esperando a colheita; um friozinho gostoso pede um agasalho ao anoitecer; as noites tornam-se mais longas e preguiçosas.
Outono é a passagem do verão para o inverno. É tempo de recarregar energias, para que enfrentemos a próxima estação com galhardia. É tempo de sabedoria, de relaxamento e de meditação.
É a época de recuperar o que ficou desgastado, com a passagem dos dias e realizar uma boa limpeza de alma. Uma poda, um adubo, o preparo do terreno farão com que a próxima estação seja satisfatória.
Se, utilizamos estes recursos com a nossa horta e o nosso jardim, porque não fazermos assim também com o nosso corpo e a nossa mente preparando-nos para o inverno?

Concorda comigo? O que você está esperando ?





quinta-feira, 7 de abril de 2011

Aqui o Informativo da Academia Itajubense de Letras referente ao mês de Março. Confiram!







Datas comemorativas do mês de abril.

01 . Dia da Abolição da Escravidão dos Índios – 1680
07 • Dia do Jornalismo
07 • Dia Mundial da Saúde
13 . Dia do Hino Nacional
14 • Dia Pan-Americano
15 • Dia da Conservação do Solo
18 • Dia Nacional do Livro Infantil
18 • Dia de Monteiro Lobato
19 • Dia do Índio
19 • Dia do Exército Brasileiro
20 • Dia do Diplomata
21 • Tiradentes
22 • Descobrimento do Brasil
22 • Dia da Força Aérea Brasileira
22 • Dia da Comunidade luso-brasileira
22 . Dia do Planeta Terra
23 . Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor
24 . Páscoa
28 • Dia da Educação